LEXAN® - RESINA DE POLICARBONATO
Introdução
A resina LEXAN® é uma resina de Policarbonato resultante da reação entre derivados do ácido carbônico e o bisfenol A. Este termoplástico de engenharia tem se tornado muito conhecido por ser transparente como o vidro e resistente como o aço.
Seu surgimento se deu na Europa em 1959 e em 1960 já começava a ser produzido pela General Electric Co. em sua planta de polimerização em Mt. Vernon, USA.
No Brasil, a resina LEXAN® começou a ser produzido em 1989 pela GE Plastics, em sua fábrica de composição em Campinas, S.P.
Existem, atualmente desenvolvidos pela GE mais de 20 tipos diferentes de resina LEXAN®. Muitos destes tipos vêm aditivados para melhorar as propriedades originais do Policarbonato para uma determinada aplicação, como: fibra de vidro, absorvedores de UV, aditivos anti-chama, desmoldantes, antioxidantes, etc. Todos estes materiais podem ser comercializados na "cor" transparente (com excessão dos materiais com fibra e alguns anti-chama) ou em cores translúcidas (idem) ou opacas.
Estrutura e Propriedades
Devido aos grupos benzênicos estarem diretamente na cadeia principal, a molécula é muito rígida, fazendo com que o Policarbonato tenha uma estrutura amorfa, uma baixa contração na moldagem (tanto transversal quanto paralela ao fluxo) e seja transparente.
Sua regularidade e os grupos laterais polares conferem um alto valor de Tg ao Policarbonato (145ºC), com isto ele possui elevados valores para as propriedades térmicas, e estabilidade dimensional muito boa.
Apesar da estrutura principal da cadeia do Policarbonato estar congelada à temperatura ambiente, seus grupos Fenileno, Isopropilideno e Carbonato, ele possui mobilidade suficiente para dissipar energia de impacto na temperatura ambiente. A mobilidade destes grupos laterais cessa à temperatura inferiores (alfa=0ºC e beta= -200ºC), fazendo com que a resistência ao impacto caia.
A cadeia polimérica do Policarbonato é simétrica. Com isso, o Policarbonato possui boas propriedades dielétricas atravéz de uma larga faixa de frequência. Seu alto valor de HDT garante a manutenção destas propriedades até 125ºC.
As propriedades químicas do Policarbonato são as de um polímero levemente polar. Os grupos Carbonatos são extremamente sensíveis à hidrólise e como estão na cadeia principal, podem provocar degradação nas propriedades do termoplástico. É por causa desta reação que o Policarbonato deve sempre ser seco para o processo, de outra forma o material tem seu peso molecular reduzido drasticamente e as propriedades e aparência deterioradas. Peças em contato permanente com água, moldadas em Policarbonato, têm sua vida útil reduzida, quando a temperatura de trabalho supera 60ºC. Em aplicações onde o contato com a água não for constante este problema não aparece, como no caso das mamadeiras.
Geralmente o Policarbonato não é sensível à ácidos orgânicos e inorgânicos em condições normais de temperatura e concentração, porém sua resistência aos demais compostos orgânicos é baixa. Esta baixa resistência agrava-se mais ainda com o aparecimento do microfissuramento sob tensão, que provoca porosidades na superfície do material, facilitando o ataque químico.
A resina LEXAN® possui ótima estabilidade às radiações UV. Tipos normais possuem uma certa estabilização natural, sendo que o ataque da radiação é evidenciado por uma degradação nos primeiros 50-100 microns da superfície da peça.
Esta auto-estabilização mantém as propriedades do Policarbonato até um certo limite, porém não é suficiente para manter a cor e o acabamento superficial das peças moldadas. Com isso, o Policarbonato é indicado para aplicações interiores sem qualquer aditivação. Em aplicações exteriores, onde o ataque de radiações do tipo UV são mais severas é necessário fornecer uma proteção extra ao Policarbonato, aditivando este com absorvedores de UV.
fonte:
http://www.geplastics.com.br/resins/mat ... lexan.html